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Pré-Socráticos

Os filósofos pré-socráticos

Sócrates foi o grande marco divisório  da Filosofia Grega e, por isso, os pensadores que o antecedem são conhecidos como pré-socráticos. Os principais nomes são: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Pitágoras de Samos, Heráclito de Éfeso, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia , Empédocles de Agrigento, Leucipo e Demócrito de Abdera. Cada um desses filósofos pertenceu a escolas diferentes e desenvolveu seus pensamentos em busca da arqué.

Tales de Mileto ( 625-546 a.C )

talesA tradição filosófica atribui o início da Filosofia a Tales de Mileto. Existe uma enorme dificuldade para conhecer sua vida e sua obra, devido ao fato de que assim como Sócrates, não deixou escritos. Tudo o que conhecemos sobre Tales é proveniente de fontes indiretas, ou seja, pessoas que conviveram com ele e discípulos.

Tales foi astrônomo e iniciador da Filosofia da Physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, este que seria a causa de todas as coisas existentes e, por isso, é considerado o primeiro filósofo da História da Filosofia. Para Tales, esse elemento era a água.

Segundo o pensamento de Tales de Mileto, a água é a fonte última da vida e de todas as coisas. Tudo vem da água, tudo sustenta sua vida com a água e tudo acaba na água. A água é o início, o meio e o fim. No final deste texto, irei mencionar a música Gita de Raul Seixas, que utilizei para explicar essa matéria em sala de aula, enfatizando o fato de que Raul também era formado em Filosofia, e que podemos extrair muitas coisas das suas letras e, sobretudo, a parte da música que ele fala eu sou o início, o fim e o meio, relacionando com a água apresentada por Tales de Mileto como elemento originário de tudo.

Uma coisa fundamental para entender a Filosofia de Tales é que não devemos confundir a água apresentada por ele com a água que bebemos. A água à qual o pré-socrático se refere deve ser pensada como a natureza líquida originária da qual tudo se deriva e da qual a água que bebemos é apenas uma das manifestações.

Tales foi um grande pensador que contribuiu não só para o desenvolvimento da Filosofia, mas também na política porque empenhou-se em organizar as cidades gregas da Jônia para enfrentar a ameaça dos persas. Na engenharia, quis desviar o curso de alguns rios para fins de irrigação e navegação. Como pesquisador, investigou as causas das cheias do rio Nilo, um dos motivos para ele estabelecer a água como princípio originário racional. Como astrônomo, previu um eclipse solar e descobriu a constelação denominada Ursa Menor e como matemático e geômetra, descobriu um método para medir a altura de uma pirâmide do Egito, do qual teria derivado o famoso teorema de Tales.

Para encerrar este texto, uma coisa de extrema importância é deixar aqui um recado para você caro visitante. O fundamental é olhar para a Filosofia não simplesmente por olhar, mas analisar os fatos e ver que Tales viveu no século VII a.C e contribuiu muito para a História do pensamento universal, e que cada um de nós também pode contribuir para a evolução da humanidade.

Como eu mencionei acima, vou anexar a este texto a música Gita de Raul Seixas que utilizei para ilustrar o conteúdo da aula sobre Tales de Mileto e os filósofos pré-socráticos:

Gita ( Raul Seixas e Paulo Coelho)

“Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que ele me falou”

Às vezes você me pergunta Por que é que eu sou tão calado Não falo de amor quase nada Nem fico sorrindo ao teu lado

Você pensa em mim toda hora Me come, me cospe, me deixa Talvez você não entenda Mas hoje eu vou lhe mostrar

Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar

Eu sou o medo do fraco A força da imaginação O blefe do jogador Eu sou, eu fui, eu vou 

Gita gita gita gita gita

Eu sou o seu sacrifício A placa de contra-mão O sangue no olhar do vampiro E as juras de maldição

Eu sou a vela que acende Eu sou a luz que se apaga Eu sou a beira do abismo Eu sou o tudo e o nada

Por que você me pergunta Perguntas não vão lhe mostrar Que eu sou feito da terra Do fogo, da água e do ar

Você me tem todo dia Mas não sabe se é bom ou ruim Mas saiba que eu estou em você Mas você não está em mim

Das telhas eu sou o telhado A pesca do pescador A letra A tem meu nome Dos sonhos eu sou o amor

Eu sou a dona de casa Nos pegue-pagues do mundo Eu sou a mão do carrasco Sou raso, largo, profundo

Gita gita gita gita gita

Eu sou a mosca da sopa E o dente do tubarão Eu sou os olhos do cego E a cegueira da visão

Mas eu sou o amargo da língua A mãe, o pai e o avô O filho que ainda não veio O início, o fim e o meio (2x) Eu sou o início, o fim e o meio (3x)

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Texto: Danilo Freire
(Graduado em Filosofia)
 UNIFAI

Um pouco sobre o Racionalismo

descartesRené Descartes nasceu na França em 1596 e morreu na Suécia em 1650. Estudou Jurisprudência e serviu o exército. Sua principal obra é o Discurso do Método publicado em 1637. É considerado por muitos o pai da Filosofia Moderna e do Racionalismo.

O Racionalismo defende o sistema da realidade como racional, ou seja é conhecido por meio da Razão. Em nosso dia-a-dia, a palavra razão aparece em diversas situações e momentos diferentes, podendo até mesmo significar aspectos diferentes. Mas razão é a capacidade Mental que o homem possui para conhecer as coisas.

Descartes acreditava que o único meio seguro, ou seja, o único caminho que podemos utilizar para se chegar ao conhecimento verdadeiro era usando nossa Razão. De certa forma isso se dá até pelo fato de que Descartes sempre buscou bases para um conhecimento seguro, ou seja, que estivesse acima de qualquer tipo de duvida racional. Foi assim que ele formulou seu pensamento do cogito. Ele propôs a duvida em cima de todas as coisas, menos em cima de nossa capacidade de pensar. Podemos pensar e duvidar de tudo, mas se estamos pensando acerca das coisas, e duvidando delas ao mesmo tempo, não podemos duvidar de que somos seres pensantes. Então se Penso, logo Existo. Descartes como Sócrates e Platão, vê relações entre o pensamento e a existência. Quanto mais evidente for determinada coisa ou objeto para o pensamento, muito mais será certo o fato de esse objeto ou coisa existir.

Platão considerava mais real, mais seguro da verdade o que podemos conhecer com nossa Razão do que aquilo que conhecemos ou percebemos com nossos sentidos. Para os racionalistas, isso é valido. Não podemos confiar em nossos sentidos, pois eles podem nos enganar. Assim os racionalistas acreditam que a única forma segura de se chegar ao conhecimento é a Razão.

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Texto: Erisvaldo Correia
(Licenciando em Filosofia)
 CEUCLAR-SP

A Ditadura Derrotada

O jornalista Elio Gaspari aborda no seu terceiro volume da Série “As Ilusões Armadas” “A Ditadura Derrotada”[1], que pertence ao tríptico intitulado O Sacerdote e o Feiticeiro, as vidas dos dois personagens enfatizados por ele , ao longo de sua obra ( Geisel e Goubery ), motivo pelo qual segundo ele, ela não pode ser classificada como uma história do regime militar. Ele relata os caminhosque os dois percorreram para chegar ao poder , a formação do governo e o seu caminho até a eleição de 1974, quando uma inesperada vitória da oposição mudou o curso da ditadura.

O livro é dividido em quatro partes, subdivididas em cinco títulos e 26 subtítulos e está intitulado O Sacerdote e o Feiticeiro, título que Gaspari daria ao seu ensaio quando iniciou sua pesquisa no Wilson Center For International Scholars, do qual ganhou uma bolsa de três meses em 1984. O seu objetivo era relatar em cem páginas como Geisel e Goubery entre 1974 e 1979 destruíram a ditadura que ajudaram a construir em 1964.

Na primeira parte, o autor fala sobre as vidas de Geisel e Goubery, Geisel o sacerdote e Goubery o feiticeiro, apresentando que o relacionamento dos dois era exclusivamente profissional, começava e terminava no Palácio do Planalto. Geisel era o presidente e Goubery o seu chefe de Gabinete Civil. Esta parte do livro é dividida em dois títulos. No primeiro, Gaspari apresenta uma biografia de Geisel da infância até a presidência e no segundo relata a vida de Goubery, o feiticeiro, enfatizando as sua capacidade intelectual.

Na segunda parte do livro, Elio Gaspari disserta sobre a sucessão do presidente Médici, destacando a importância do voto de Orlando Geisel, que foi fundamental para que Ernesto Geisel fosse lançado como candidato à Presidência da República, pois o presidente tinha um candidato para cada situação. Para um país conflagrado, indicaria o seu amigo Ministro do Superior Tribunal Militar Adalberto Pereira dos Santos. Num país com problemas, Geisel,e num país de perfeita calma, o chefe do Gabinete Civil, Leitão de Abreu. Mas no final, Geisel foi quem mereceu de Médici, o voto que o tornou presidente da República.

Após ser eleito, Geisel passou a enfrentar as primeiras dificuldades, como formular uma equipe e um projeto para governar o país, pois até então não tinha nada disso.Outro problema que encontrou pela frente, foram as denúncias de tortura por parte da Igreja Católica, que passou a combater o regime de todas as formas possíveis. A mãe de todas as encrencas, foi a crise do petróleo de 1973, que reduziu em 6% o PIB americano e dobrou a taxa de desemprego. O petróleo abriu um buraco na economia brasileira, porque aumentou de US$ 2,90 para US$ 11,65 o barril, e o Brasil importava 80% dos combustíveis fósseis que queimava. O grande problema é que o Brasil comprava o petróleoa US$ 18e o vendia refinado a US$ 3. Ainda nesta parte, o autor escreve sobre as dificuldades de Geisel com a sua equipe, dizendo que ele não abriu mão do AI-5 e,além disso, temia o fracasso do seu governo.

Na terceira parte “No Planalto”, Gaspari nos apresenta o panorama mundial em que Geisel assumiu o poder. A crise do petróleo, e um mundo difícil marcado por ditaduras. Só na América do Sul eram sete países que viviam em regimes ditatoriais. Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Venezuela e Brasil. O autor ainda refere-se às relações entre Igreja e Estado, deixando claro que Geisel queria evitar contatos com a CNBB,e que Goubery almoçou com Dom Paulo Evaristo Arns , Arcebispo de São Paulo na época, com o objetivo de manter sobo controle do governo as denúncias encaminhadas pela Igreja.

No item “O porão intocado”, Elio nos revela que Geisel sabia das torturas e perseguições do governo e as apoiava, pedindo apenas para que os torturadores não deixassem nenhum vestígio das suas ações. O regime era implacável e Geisel era o epicentro de tudo, mas pretendia acelerar a economia para que o PIBcrescesse 10% aoano para que ele pudesse repetir o feito de Médici.

Na última parte, o jornalista disserta sobre a derrota que mudou o curso da ditadura nas eleições para o legislativo de 1974, nas quais o MDB ( partido de oposição )elegeu dezesseis senadores e fez a maioria nas Assembléias Legislativas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Após a derrota, o presidente Ernesto Geisel disse que o povo não entendia nada de governo. Essa foia desculpa para a derrota, que teve como principal conseqüência o sepultamento do projeto autônomo de distenção.

A Ditadura Derrotada é um livro revelador que nos possibilita ter o contato com notícias jamais reveladas pelos meios de comunicação, graças à inteligência e dedicação do jornalista Elio Gaspari, que ao longo de dezoito anos de pesquisa examinou com cuidado e paciência a bibliografia, os documentários e, sobretudo, os arquivos e fitas cedidas por Goubery, Geisel e Heitor de Aquino Ferreira . Elio Gaspari representa um grande sinal de compromisso com o jornalismo e com a população brasileira, demonstrando ao povo a importância e o valor do jornalismo brasileiro.


[1] GASPARI, Elio. A ditadura derrotada.São Paulo: Companhia das Letras, 2002. ( As Ilusões Armadas ).

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Texto: Danilo Freire
(Graduado em Filosofia)
 UNIFAI

A Ditadura Escancarada

A Ditadura Escancarada[1] é o segundo volume da Série “As Ilusões Armadas”, que engloba os cinco livros escritos pelo jornalista Elio Gaspari sobre a ditadura militar.

Neste livro, o autor relata o período que vai do ano de 1969, um pouco depois do decreto do AI-5 até o extermínio da Guerrilha do Araguaia em 1974. Elio classifica este período como o mais duro da repressão militar, marcado por uma grande desordem nos quartéis e a violência nas prisões durante os denominados “Anos de Chumbo”.

Ao mesmo tempo que conviveu com os “Anos de Chumbo”, a população brasileira viveu uma época marcada pela euforia do tricampeonato mundial de futebol conquistado na copa de 1970, obras como a construção da Ponte Rio- Niterói e a Rodovia Transamazônica, isso sem mencionar o milagre brasileiro.

O livro é dividido em quatro partes, que estão subdivididas em 22 títulos, nos quais Gaspari disserta sobre a anarquia no interior das Forças Armadas e o uso da tortura como instrumento de poder até o extermínio da Guerrilha do Araguaia.

Na primeira parte “O Choque”, Gaspari escreve sobre a tortura praticada pelo governo para combater a esquerda revolucionária, a necessidade de um braço armado para atingir com rapidez os grupos de luta armada ( a Operação Bandeirante ) e suas ações de perseguição e as prisões dos opositores do regime, o seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, e a anarquia no interior das Forças Armadas, gerada pela sucessão de Costa e Silva na sua doença e impedimento decontinuar na presidência. Ele encerra esta parte do livro falando sobre a chegada de Médici ao poder e o início do seu governo.

Na segunda parte, o autor relata ao longo de cinco títulos, a trajetória de Carlos Marighella como comandante da Aliança Libertadora Nacional e mentor de assaltos e seqüestros, a deserção do capitão Carlos Lamarca que fortaleceu a guerrilha, tornando-se o comandante da Vanguarda Popular Revolucionária, com a qual permaneceu até ser morto em 1971 no sertão baiano. Nesta parte do livro, Elio Gapari ainda disserta sobre a prisão dos dominicanos acusados de envolvimento com Marighella em novembro de 1969 e a criação do DOI ( Destacamento de Operação e Informação ) , e a história dos mortos e torturados pelos órgãos de repressão do governo militar.

No item “A ratoeira”, o jornalista fala sobre a armadilha que o governo fez para acabar com o foco urbano da guerrilha e resolver o problema de combate ao terrorismo no país. Ele encerra a parte falando sobre o milagre econômico, muito propagado pelo regime e a mordaça, a grande censura aos meios de comunicação, que foi o mais longo período de censuranaHistória do Brasil independente.

Na terceira parte, o autor nos apresenta a Igreja Católica lutando em defesa dos direitos humanos através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB ), e o aniquilamento da elite brasileira, que fez com que o regime militar acabasse com uma grande geração de políticos do nosso país, com as cassações e suspensões de direitos políticos.

No segundo item, o jornalista nos mostra como o regime militar via na militância dos padres da igreja a soberba de Lúcifer, e a Igreja via na violência do regime a mesma soberba. Um acusava o outro. Ainda neste item, Gaspari relata a perseguição à Igreja Católica por parte dos militares, e a posição de Dom Hélder Câmara contrária à ditadura. Ele é considerado a maior figura política da História da Igreja no Brasil.

No item “O Brasil difamado”, o autor apresenta a visão que os outros países tinham do Brasil, um, país onde se torturava e matava. Jornais como o The New York Times, Le Monde e The Times, publicavam nos Estados Unidos, França e Inglaterra, as notícias do porão brasileiro. Além das notícias publicadas em jornais estrangeiros, Dom Hélder fez um discurso emParis, pedindo ao povo que dissesse ao mundo que no Brasil torturavam pessoas. Ele lançou-se num combate direto ao regime.

Nos dois itens seguintes “Pra trás Brasil” e “Nada a Fazer”, Gaspari fala sobre as denúncias da CNBB sobre as torturas e a censura que proibiu a fala do Papa Paulo VI, a derrota do Movimento Democrático Brasileiro ( o partido de oposição ) nas eleições para o Legislativo de 1970 e oelogio do presidente dos Estados Unidos Richard Nixon a Médici, apontando-o como o maior presidente da História do Brasil.

No último item desta parte, o escritor nos relata a marcha de Carlos Lamarca após a morte de Carlos Marighella, em que o próprio dizia aos companheiros da vanguarda Popular Revolucionária, que o grupo estava esvaziando até morrer no sertãobaiano em 1971.

A última parte, Elio destina ao envolvimento de oficiais das Forças Armadas em contrabando, a corrupção e a impunidade entre os órgãos de segurança, a tortura usada como política de Estado, e encerra o livro falando sobre o extermínio da Guerrilha do Araguaia.

A leitura de “A Ditadura Escancarada” é muito interessante, pois revela as dificuldades do Brasil durante os “Anos de Chumbo”, as articulações dos grupos de esquerda, as guerrilhas e a repressão do governo, que utilizava a tortura para combater o terrorismo e a oposição, além da anarquia que atingiu ointerior das Forças Armadas neste período. Ler sobre a temática abordada no livro deve serum compromisso de todos aqueles que desejam saber um pouco mais sobreos “Anos de Chumbo”.


[1] GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002 ( As ilusões Armadas ).

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Texto: Danilo Freire
(Graduado em Filosofia)
 UNIFAI

A Caverna do Dragão e a Politica!

Quem não se lembra da Caverna do Dragão? Aquele desenho em que um grupo de jovens tentava escapar de um mundo estranho em que foram parar depois de entrarem em uma montanha russa?

Tinha o Vingador, ele era o mal. Tinha também o Mestre dos Magos, este representava o bem, mas sempre dava dicas inúteis para os jovens encontrarem o caminho de volta para a casa.

Até aí nada é novo, mas existe uma lenda urbana que diz que a Caverna do Dragão era na verdade um jogo de RPG, na qual os jovens descobrem no final do jogo que eles morreram em um acidente na montanha russa. Eles estariam no inferno, e o pior de tudo, o Mestre dos Magos e o Vingador seriam na verdade a mesma pessoa, o Diabo.

A política brasileira é mais ou menos uma Caverna do Dragão. PT e PSDB são na verdade a mesma coisa. Tanto que em Minas Gerais eles já se uniram. O PT chega a ser ainda pior, pois age como o Mestre dos Magos, fingindo-se de amigo e dando uma esperança falsa para a classe trabalhadora.

Recebi esse texto em um informativo chamado O Espectro e achei interessante fazer aqui em nosso site um comentário a respeito dele, pois é de extrema importância que os cidadãos brasileiros saibam como funciona o mundo da política, que conheçam os partidos e, sobretudo, as pessoas nas quais depositam a sua confiança. Realmente esse texto nos faz refletir sobre muita coisa errada que acontece em nosso país e muitas vezes nós nem percebemos.

Agora eu gostaria de encerrar esse texto com alguns questionamentos para os visitantes.

Qual criança da minha geração não teve a oportunidade de assistir um episódio da Caverna do Dragão e ficar triste pelo fato daqueles jovens nunca encontrarem o caminho de volta para a casa? Eu mesmo me lembro de inúmeras vezes em que chorei de tristeza pela dor e pelo sofrimento deles.

E hoje, quantos de nós temos a oportunidade de conhecer a política brasileira? E muitas vezes somos até omissos em nossas atitudes e nem sequer nos preocupamos em acompanhar os noticiários, ou tentamos fazer algo para melhorar a situação de alienação que vivemos. Hoje em dia é muito mais cômodo falar sobre a corrupção na política sem ao menos conhecê-la, assistir a um noticiário e logo já formar a sua opinião sem antes problematizar o assunto abordado. Será que estamos perdendo o nosso senso crítico, ou a nossa capacidade de refletir e problematizar as coisas? Será que estamos como os jovens da Caverna do Dragão acreditando em um Mestre dos Magos ou em um Vingador, que na verdade são a mesma pessoa e apenas confundem as nossas idéias? Se somos dessa forma, ficaremos como os jovens da Caverna do Dragão, sempre buscando uma saída , mas nunca a encontraremos.

Por isso, se você caro visitante quer viver em um país melhor, comece a mudança você mesmo, faça a diferença, faça a sua parte, pois se cada um fizer a sua parte, com certeza a nossa realidade irá melhorar, mas se ficarmos acomodados esperando pelos outros, passarão anos e a situação será sempre a mesma.

Pensem nisso.

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Texto: Danilo Freire
(Graduado em Filosofia) UNIFAI